O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificou sua articulação política nesta quarta-feira (12) ao se reunir com Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal, pela primeira vez em um ano. O principal tema do encontro foi a busca de apoio para um projeto de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro, além da mobilização para uma manifestação prevista para o próximo domingo (16) em Copacabana, Rio de Janeiro.Com a revogação da medida cautelar que impedia Costa Neto de se comunicar com Bolsonaro, a reunião marcou um momento estratégico para a direita brasileira. Bolsonaro afirmou esperar uma grande adesão ao protesto, estimando a presença de pelo menos 500 mil pessoas. "Só a direita leva um povo para a rua. Temos que aproveitar esse momento", declarou o ex-presidente.O tema das eleições de 2026 também esteve em pauta. Bolsonaro, apesar de estar inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que "por enquanto" segue como candidato. Ele também sugeriu que outros nomes da direita, como Gusttavo Lima, Ronaldo Caiado e Romeu Zema, lancem suas candidaturas e, no segundo turno, unam-se em torno de um só projeto.Sobre as investigações relacionadas à tentativa de golpe de Estado e sua suposta conexão com os atos de 8 de janeiro, Bolsonaro minimizou as acusações, classificando-as como "infundadas". "Minha preocupação é zero. O relatório é político, querem me tirar do cenário com essa inelegibilidade", afirmou.Diante da movimentação do ex-presidente, o governo Lula monitora a situação com atenção. A preocupação do Planalto é que o projeto de …
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificou sua articulação política nesta quarta-feira (12) ao se reunir com Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal, pela primeira vez em um ano. O principal tema do encontro foi a busca de apoio para um projeto de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro, além da mobilização para uma manifestação prevista para o próximo domingo (16) em Copacabana, Rio de Janeiro.
Com a revogação da medida cautelar que impedia Costa Neto de se comunicar com Bolsonaro, a reunião marcou um momento estratégico para a direita brasileira. Bolsonaro afirmou esperar uma grande adesão ao protesto, estimando a presença de pelo menos 500 mil pessoas. “Só a direita leva um povo para a rua. Temos que aproveitar esse momento”, declarou o ex-presidente.
O tema das eleições de 2026 também esteve em pauta. Bolsonaro, apesar de estar inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que “por enquanto” segue como candidato. Ele também sugeriu que outros nomes da direita, como Gusttavo Lima, Ronaldo Caiado e Romeu Zema, lancem suas candidaturas e, no segundo turno, unam-se em torno de um só projeto.
Sobre as investigações relacionadas à tentativa de golpe de Estado e sua suposta conexão com os atos de 8 de janeiro, Bolsonaro minimizou as acusações, classificando-as como “infundadas”. “Minha preocupação é zero. O relatório é político, querem me tirar do cenário com essa inelegibilidade”, afirmou.
Diante da movimentação do ex-presidente, o governo Lula monitora a situação com atenção. A preocupação do Planalto é que o projeto de anistia ganhe força entre partidos do Centrão, dificultando o controle do governo sobre o Congresso. Além disso, a manifestação de domingo é vista como um termômetro da capacidade de mobilização da direita no atual cenário político.
Nos próximos dias, a estratégia de Bolsonaro e a reação do governo deverão ditar o ritmo das discussões em Brasília, especialmente sobre a anistia e os rumos da oposição para 2026.
FONTE: GAZETA DO POVO