A importação de diesel pelo Brasil registrou um aumento significativo devido ao preço médio praticado pela Petrobras estar acima da paridade de importação. A informação foi divulgada pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), que monitora a competitividade do mercado.De acordo com cálculos da entidade, na última segunda-feira (24), o preço médio do diesel vendido pela Petrobras estava 2% acima do valor de paridade de importação. Desde o dia 5 de março, os preços da estatal não ficaram abaixo desse índice, chegando a atingir até 6% acima da paridade nos dias 17 e 19 de março.O aumento das importações ocorre em um cenário no qual a Petrobras reajustou o preço do diesel em suas refinarias em 6% no dia 1º de fevereiro, após mais de um ano sem alterações nos valores. No entanto, desde essa data, o petróleo Brent – principal referência global – teve uma queda de cerca de 5%, o que torna o combustível nacional menos competitivo em relação ao mercado internacional.A Abicom destaca que, quando os preços internos estão alinhados à paridade de importação, há um estímulo para que empresas privadas realizem compras externas do combustível. Atualmente, grande parte do diesel importado pelo Brasil tem origem na Rússia, que se tornou um dos principais fornecedores para o mercado nacional.A política de Preço de Paridade de Importação (PPI) foi implementada pela Petrobras em 2016 e considera custos de aquisição no mercado internacional, fretes, transporte interno e taxas portuárias, além de uma margem para tributos e riscos. Essa …
A importação de diesel pelo Brasil registrou um aumento significativo devido ao preço médio praticado pela Petrobras estar acima da paridade de importação. A informação foi divulgada pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), que monitora a competitividade do mercado.
De acordo com cálculos da entidade, na última segunda-feira (24), o preço médio do diesel vendido pela Petrobras estava 2% acima do valor de paridade de importação. Desde o dia 5 de março, os preços da estatal não ficaram abaixo desse índice, chegando a atingir até 6% acima da paridade nos dias 17 e 19 de março.O aumento das importações ocorre em um cenário no qual a Petrobras reajustou o preço do diesel em suas refinarias em 6% no dia 1º de fevereiro, após mais de um ano sem alterações nos valores.
No entanto, desde essa data, o petróleo Brent – principal referência global – teve uma queda de cerca de 5%, o que torna o combustível nacional menos competitivo em relação ao mercado internacional.
A Abicom destaca que, quando os preços internos estão alinhados à paridade de importação, há um estímulo para que empresas privadas realizem compras externas do combustível. Atualmente, grande parte do diesel importado pelo Brasil tem origem na Rússia, que se tornou um dos principais fornecedores para o mercado nacional.
A política de Preço de Paridade de Importação (PPI) foi implementada pela Petrobras em 2016 e considera custos de aquisição no mercado internacional, fretes, transporte interno e taxas portuárias, além de uma margem para tributos e riscos. Essa metodologia tem sido alvo de debates, já que pode resultar em oscilações nos preços dos combustíveis, impactando diretamente o consumidor final e a cadeia produtiva do país.
O aumento das importações pode pressionar ainda mais o setor de combustíveis no Brasil, especialmente se a Petrobras mantiver preços acima da paridade internacional. Esse cenário levanta questionamentos sobre o futuro da política de preços da estatal e seus impactos na economia brasileira.
